Clube dos Exploradores

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Uma vida de aventuras

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Projeto Peregrino



 “O primeiro milênio do cristianismo havia três rotas consideradas sagradas, e que resultavam numa série de bênçãos e indulgencias para quem percorresse qualquer uma delas. A primeira rota levava até o tumulo de São Pedro, em Roma, seus caminhantes tinham por símbolo uma cruz e eram chamados de romeiros.

A segunda rota levava até o Santo Sepulcro de Cristo, em Jerusalém, e os que faziam eram chamados de palmeiros, por conta das palmas que levavam.

   
E o terceiro caminho levava até os restos mortais do apóstolo São Tiago, enterrados num local da península ibérica, conhecida como Compostela, aos que percorriam eram chamados de peregrinos, tendo como símbolo uma concha”.

Dessa forma conheci através do Diário de um Mago, de Paulo Coelho, Santiago de Compostela. Depois em Nas Margens do Rio Pietra onde sentei e chorei, ficou marcado que “estamos cercados pelo Extraordinário. Os milagres acontecem à nossa volta, os sinais de Deus nos mostram o caminho, os anjos pedem para serem ouvidos”. Passado algum tempo, Santiago ficou meio enterrado, num sonho distante. A vida foi seguindo... E estranhamente, quando me perguntaram quais os 10 livros que eu lembrava, surgiu em minhas memórias, Veronika decide morrer, e quando ela acha que vai morrer, ela descobre a vida, após passar anos procurando o que estava mais fácil, ou ao alcance das mãos; foi ministrado um tratamento contra o vitríolo, amargura, forçando Veronika a reavaliar sua própria vida.
E assim numa salada com o tempero de Paulo Coelho, também quero um tempo para reavaliar a minha vida, encontrar o meu “eu” perdido ao longo de uma estrada, nas lágrimas e suor dos peregrinos. Também quero ser uma peregrina, em busca das relíquias sagradas que irão abrir a chave do meu ser.
Primeiro, tenho que me acostumar a fazer exercícios físicos, melhor dizendo, caminhar vários quilômetros por dia para estar preparada para o Caminho. Na hora que você começa a caminhar, todas as coisas boas, sobre fazer bem, te ajuda a emagrecer, fazer seu coração mais sadio, te dá qualidade de vida. Aff! Você tem vontade de bater em quem tenta incentivar. Os primeiros quilômetros são um sacrifício, para quem há muito tempo virou sedentário.
A mochila mesmo com nada dentro, no começo pesa uma tonelada. E você descobre que um urso para lá de sabido já cantava “eu uso o necessário, somente o necessário”. Se levar mais do que irei precisar, será um peso desnecessário na caminhada. Pode fazer com que me atrase no percurso ou que o peso prejudique minhas costas, e tenha que desistir no meio do caminho.
Pequenos quilômetros nos dias de semanas. Primeiro ao redor da residência, depois fui aumentando os quilômetros percorridos e fazendo diferentes trajetos. Misturando os terrenos, asfalto e terra; calçamento e grama. Subidas e descidas; descidas e terrenos planos; terrenos planos e escadaria. Aliás, escadas e subidas, ainda é o meu tendão de Aquiles. Estou no nível dois, fazendo de 4 a 9 km. – Iniciante 1km; nível 1 de 1 a 4 km.
Tava quase esquecendo, não sai andando antes de um check-up. Verifiquei, especialmente com o meu cardiologista, se estava tudo ok. Com ok do médico, tracei um plano de ir devagar até atingir uma média diária de caminhada, em que não ficarei ofegante. Assim poderei começar a me aventurar por aqui mesmo. Até chegar ao objetivo maior: Santiago de Compostela.
E mais uma dica legal, depois de duas semanas descobri, um aplicativo que está me ajudando no trajeto, é o app endomondo. Tem versão free e paga. Ele ajuda marcando a distância percorrida, o tempo percorrido, calorias e várias outras coisinhas. Quando você completa um quilometro cheio, ele informa, via áudio, o quilometro percorrido e o tempo que você realizou entre os quilômetros. 
Por: K

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Canoa Quebrada/CE-Voo de parapente




Esporte Radical - Em 2015 estive em Canoa Quebrada, no Litoral Leste do Ceará, Rota do sol Nascente. Saindo de Fortaleza, o Google e o GPS (não usava o Easy na época) mostra o caminho pela BR-116; nós seguimos pela CE-040 em direção a cidade de Aracati, encontramos algumas placas com a marcação errada de quantos quilômetros faltavam, além de várias vezes nos mostrar que não estávamos na CE-040. Não precisa entrar na cidade de Aracati, se continuar vai dar um entroncamento, um tanto confuso, que dará acesso a Praia de Canoa Quebrada, pela BR-304.
Se estiver em velocidade moderada e não errar nenhum dos trechos, mal sinalizados, dentro de 3 horas estará no seu destino. Passamos um pouquinho disso. Toda atenção é pouca, existe trechos da CE próxima as cidades, que a velocidade é de 40 km, com radares fixos na entrada e na saída. Vencidos os mais de 158 km, chegamos a Canoa, mais algumas confusões com as ruas da cidade e conseguimos realizar o check-in no Hotel Vila Canoa, acomodações boas e um café da manhã excelente, seus funcionários são cordiais no trato com turistas (já tive experiências não muito boas com funcionários de hotéis).
Hum, este não é um post para falar de Canoa, que é bela e tem muito a ser explorado. E sim de uma de suas atrações. Na praça da Igreja, no final da rua mais famosa de Canoa, Broadway, no período vespertino, reúne uma galera que te leva em voos duplos ou triplos, se quiser com direito a filmagem, aí o preço é um pouco mais salgado. Como tenho um pouco de medo de altura, saímos de um lugar alto, próximo de uma ONG. Foram 10 minutos sobrevoando a cidade, as falésias na praia, com direito a alguns rasantes do parapente. Apesar de o coração querer sair pela boca em alguns rasantes, a sensação de liberdade, do vento batendo, do cenário paradisíaco, leva a um turbilhão de emoções.
O parapente foi introduzido no Brasil no final de 1986, e todos os lugares e sites, trarão que todos são certificados, com cursos etc. Fui procurar um pouco mais do esporte, vai que me animava a pratica-lo. Descobri que não existe regulamentação por parte da ANAC, encontrei alguns decretos municipais e algumas orientações pelas associações e confederações, obrigando a habilitação do praticante, sua filiação e a do seu clube de voo nas entidades.
 
Descobri que existe diferença dos estilos de voo, do litoral é lift (aproveita os ventos que, ao encontrar alguma barreira, como morros e prédios, geram uma pressão suficiente para sustentar o parapente e piloto), e com 1 mês a pessoa já voa; enquanto que nos “interiores” a modalidade é o cross country (aproveita as térmicas - calor gerado pelo aquecimento de terrenos), requer maior habilidade do piloto, e os cursos tem duração de 4 a 6 meses. E me indicaram uma das sumidades do cross country,  Kurt Stoetarau, que tem livros na área e ministras aulas de pilotagem ativa. Para quem quiser mais informações www.parapenteobediente.com/.
Cheguei até a verificar algumas instrutores e rampas, através do www.guia4ventos.com.br/rampas-do-brasil. #SQN! No momento vou manter meus pés no chão. Depois eu conto.









sábado, 21 de maio de 2016

Pelo Ceará



Diário de Bordo: Pacatuba – Ceará – Brasil

Como descrito no Hino de Pacatuba “Riquezas naturais e águas tuas / Tranqüilas vivem em terra cobertosas / Cascatas brotam lindas do teu solo / E assim belezas valiosas”. Fica a menos de 30 minutos de Fortaleza (uns 25 km), e possui uma extensão territorial de 132,425 km² é fincada na Serra da Aratanha, onde nasce o rio Cocó.

Aqui o turismo de aventura é muito forte, com muito verde, trilhas ecológicas (na Aratanha tem Satrefe, Letreiro e Boaçu), lagos, bicas, voo livre, parapente e montanhismo.

O Clube de Exploradores, foi conferir uma dessas bicas, conhecida como Balneário Bica das Andréas, que é formada por um conjunto de cascatas e piscinas naturais, com água geladinha, que cai de uma fonte na crista da Serra Aratanha. É cobrado ingresso na entrada.

Originalmente o lugar pertenceu aos portugueses açorianos Francisco José de Arruda e seu filho João José.

Acabamos indo no meio da semana, numa paradinha de uma reunião de trabalho em Fortaleza. Um lugar calmo e tranquilo, dizem que no fim de semana lota, porque estávamos afim de paz e sossego, para recarregar as energias, mas queríamos um pouquinho de infraestrutura, com mesa, bancos, comida e bebida ao alcance das mãos.

Vale a pena um giro pela pequena cidade, que se destaca pela religiosidade, existe um teatro a céu aberto, copiado das passagens bíblicas, para encenação da Paixão e Morte de Jesus Cristo. E para quem quer um pouco mais de adrenalina há uma gama a ser explorada... deixemos para próxima vez.



Maranguape – Ceará – Brasil

Comentamos que no dia anterior tínhamos ido até a cidade de Pacatuba, pronto, fomos intimados a conhecer Maranguape antes da volta para casa. Precisamente para conhecer o Balneário Cascatinha.


A cidade foi durante muito tempo conhecida por um de seus filhos mais ilustre, o comediante Chico Anísio. Encontra-se no sopé da serra de Maranguape, cerca de 30 km de Fortaleza, com acesso pela CE-065 (acesso a Fortaleza e Palmácea) e a CE-455 (acesso a Canindé).


O Cascatinha foi fundado em 1863, e é um dos mais antigos do Ceará, conta com açude, bicas naturais, piscinas naturais e artificiais, cujas águas são tão geladas quanto a das Andréas, trilhas e hospedagens em chalés e apartamentos, o restaurante serve uma comida típica que é de dar água na boca.

A sensação de acordar pela manhã com um friozinho deve ser muito boa. Ainda volto para ver e conferir outras atrações da cidade como o Museu da Cachaça e o Y-Park (complexo turístico da Ypióca, que é um campo de aventura).


Por hora temos que nos despedir e pegar um voo.




Andando pela cidade: Quinta do Caranguejo na Barra do Ceará

Terminados os trabalhos na quinta em Fortaleza, o grupo animado de cearense, me diz que era o dia de comer caranguejo. Pois é a quinta-feira é conhecida como “Quinta do Caranguejo”, várias barracas da praia e restaurantes na cidade, preparam para receber os clientes com a iguaria, principalmente inteiro, música e shows de humor.


Fugindo do óbvio, acompanhamos os camaradas até a praia da Barra do Ceará, berço de Fortaleza e um dos mais antigos bairros. Aqui foi erguido o Forte de Santiago.


Fica a uns 8 km do centro de Fortaleza, foi revitalizada com um polo turístico, possui areia fofa e clara, mesas espalhadas tanto na areia quanto no calçadão.


O Clube de Exploradores se esbaldou com as bacias de caranguejos, forrozim de fundo e conversa fiada entre amigos.



Barra do Ceará